quinta-feira, maio 09, 2013

Tatuagens: a minha.

Então gente, esse post é bem mais pessoal do que o normal. Por alguns dias eu fiquei pensando se eu deveria escrever esse post, mas aí eu pensei que eu gosto de ler esse estilo de post nos blogs que eu sigo e fiquei sem ter um contra-argumento para esse pensamento. Long story short eu decidi vir escrever esse post mostrando e explicando a minha tatuagem. Espero que gostem desse estilo de escrita, que eu pretendo tornar mais frequente (já que eu gosto de ler o dos outros blogs, por que não fazer o meu?)


O desenho no papel.
Em 2001 eu adotei uma gata, a Lua, ela já apareceu em algumas fotos aqui e aqui. E ela simplesmente se tornou tudo para mim, eu cuidei dela e a amei ela de uma forma tão grande que eu nem sei expressar em palavras. Quem me conhece (e conheceu ela) sabe disso. Era até engraçado como meus amigos diziam que ela realmente era minha filha. E desde meus nove anos (se eu não me engano) eu já dizia que queria fazer uma tatuagem, e meus padrinhos diziam que iriam comigo quando eu fosse fazer a primeira. Então um belo dia, já mais velha, não me lembro quando ao certo, eu decidi que minha tatuagem, a primeira, seria em homenagem à Lua. Eu esperei me tornar maior de idade e eu faria, só que quando eu fiz 18 anos eu não tinha dinheiro! E isso nem é importante, né? Acabou passando um tempo e eu ainda não sabia certo como seria o desenho, seria só uma lua? Ou uma patinha? Até que uma amiga minha me deu a ideia de fazer um gatinho deitado numa lua. Eu fiquei simplesmente apaixonada pela ideia, procurei na internet e não achei. De repente me veio na cabeça de pedir pra um amigo meu que sabe desenhar (muito bem, por sinal) que ele fizesse o desenho. E ele fez alguns e esse da imagem acima me ganhou (junto de um outro que deve ir para o layout do blog em breve).


Eu acabei deixando para fazer a tatuagem quando voltasse do Canadá e queria que fosse do meu dinheiro. Um dia, por algum motivo que eu desconheço, eu fiquei devaneando sobre uma foto que eu tiraria quando tivesse a tatuagem, seria a Lua cheirando a minha tatuagem (e conhecendo ela, isso teria sido fácil) e fiquei com essa vontade na cabeça. Infelizmente, enquanto eu estava no meu intercâmbio ela faleceu, faltava um mês para eu voltar,e eu só fiquei sabendo quando cheguei aqui. É até difícil compartilhar isso assim no blog para qualquer um ler, mas como eu conto isso para qualquer um que perguntar o motivo da tatuagem, acaba que não é nenhum segredo. Devo admitir que no dia que eu fiquei sabendo que ela faleceu eu tive mais certeza do que nunca que eu faria essa tattoo e ninguém iria impedir. Eu iria pagar e como é no meu pulso, ninguém poderia dar pitaco. Então eu comecei a trabalhar tendo na minha cabeça que sairia do meu primeiro salário. Acabou que não foi do primeiro salário pois o meu horário, o dos meus padrinhos (que estiveram comigo por todo o trajeto, desde a adoção da Lua, o apoio a fazer a tatuagem até ir ao estúdio da tatuadora) e o da tatuadora não batiam. Então no segundo salário eu consegui! Hahahaha. E fui feliz da vida e saí muito feliz.


Muita gente me pergunta sobre a dor que eu senti. Olha, doeu menos do que eu imaginei, talvez por eu ter passado antes uma pomada anestésica que a minha madrinha me deu, mas foi uma dor suportável. Lógico que teve uns momentos agoniantes, mas como a tatuagem ficou pronta em, sei lá, vinte minutos achei tranquilo.


Esse pedaço doeu legal.
Outra coisa que as pessoas me perguntam é o porquê de ter feito nesse pulso e o motivo de eu bater o pé quando as pessoas diziam para eu fazer em uma região menos exposta. E falar sobre isso me deixa emocionada (e eu to no momento, tudo bem que a música que ta tocando no meu computador já é meio dramática, mas enfim), porém como eu decidi fazer esse post, acho que não dá pra tentar não falar sobre isso e de novo, quando me perguntam eu conto, mesmo que segurando as lágrimas (agora vai ser mais fácil, vai ser só mandar lerem aqui! :D ). Então quando eu era pequena, e a Lua também, ela teve que tomar um remédio pra controlar um probleminha que ele teve. Só que ela fazia um certo show na hora de tomar remédio então precisava de duas pessoas para o trabalho. A danada tinha em torno de dois anos e precisava de dois adultos pra dar remédio, juro. Levar ao veterinário era uma novela a parte. E um dia eu fiquei encarregada de segurá-la e minha mãe ia fazer ela engolir, só que no meio do processo ela me arranhou no pulso (sim, minha gata cortou meu pulso, pra ver o nível do drama ela quis me matar!), foi tudo muito rápido então eu ainda to tentando descobrir como aconteceu, mas eu sei que sangrou demais e ardia muito! A minha mãe quis parar para fazer um curativo, só que eu não deixei pois eu sabia que se eu parasse a gente ia ter que fazer a Lua passar por tudo aquilo de novo, então eu engoli a dor e continuei tratando dela. E foi ali que eu percebi o quanto eu amava ela, eu que sempre fiz um drama por qualquer machucadinho tava aguentando um pulso ensaguentado por ela. Como prova do ato eu carrego uma cicatriz pequena no braço. No momento que eu decidi fazer a tatuagem homenageando a Lua, foi meio automático escolher esse lugar.


This is it, guys. Essa é a minha história e meu post gigante sobre a minha tatuagem.Qualquer dúvida em relação ao processo da tatuagem eu respondo alegremente, assim como qualquer coisa em relação ao desenho e a Lua. Eu pretendo fazer alguns posts mais pessoais, talvez não tanto quanto esse, mas em outros aspectos sim. To percebendo agora o quanto eu acho difícil finalizar um post, então vou deixar vocês com um beijo e me vou, pode ser?

x.o.x.o

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